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domingo, 20 de maio de 2018

MADURO FECHA FRONTEIRA DA VENEZUELA COM BRASIL ANTES DE ELEIÇÕES.

Em carta, Grupo de Lima pede que governo de Caracas aceite ajuda humanitária.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, determinou o fechamento da fronteira com o Brasil a partir das 21 horas desta sexta-feira, com extensão da medida até as 6 horas da próxima segunda-feira. O GLOBO confirmou a informação com o Itamaraty, que consultou a Embaixada do Brasil em Caracas.
A Venezuela vai às urnas neste domingo para uma eleição presidencial. Maduro tenta se manter no cargo, e, ao que tudo indica, será reeleito.
A medida extrema de fechar a fronteira já foi adotada pelo chavista em outras eleições, segundo fontes consultadas pela reportagem. A mesma ação foi adotada sem um contexto eleitoral, como nos últimos dias de 2016 e primeiros dias de 2017. Na ocasião, Maduro argumentou que a medida era necessária para garantir a circulação de notas de 100 bolívares, uma vez que, na visão do presidente, o país sofria um “ataque econômico” contra sua moeda.
As eleições presidenciais na Venezuela vêm sendo acompanhadas sob forte desconfiança internacional. Países e entidades apontam risco de fraude e um favoritismo de Maduro neste contexto.
O governo brasileiro e entidades de apoio a venezuelanos que migraram para o Brasil já foram comunicadas sobre o fechamento da fronteira. O governo venezuelano, ao fazer esse comunicado, não apresentou as justificativas para a medida, embora seja óbvia a relação com a eleição presidencial.
Venezuelanos que estão em áreas fronteiriças no Brasil não votarão. A Venezuela não disponibilizou urnas e cédulas a esses eleitores, majoritariamente contrários a Maduro, a quem atribuem a culpa pela crise econômica e pelo consequente fluxo migratório.
VIZINHOS QUEREM QUE VENEZUELA ACEITE AJUDA HUMANITÁRIA
Formado por vários países do hemisfério, incluindo o Brasil, os países do Grupo de Lima divulgaram uma carta, na noite desta sexta-feira, rebatendo a declaração de Maduro de que na Venezuela não há crise migratória. Segundo o comunicado, a deterioração da situação econômica, social e humanitária naquele país tem provocado, nos últimos dois anos, um aumento massivo da migração venezuelana, impactando especialmente os países da região.
"Ainda que a maioria dos migrantes venezuelanos se dirijam inicialmente aos países vizinhos, verificou-se também um aumento importante na migração de trânsito nesses países para chegar a outros destinos", diz um trecho da nota.
Segundo o Grupo de Lima, os números oficiais mostram que, entre 2017 e 2018, migraram para a Argentina aproximadamente 82 mil venezuelanos; para o Brasil, aproximadamente 50 mil; para a Colômbia, 800 mil; para o Chile, mais de 160 mil; para a Guatemala, 15.650; para o México, 65.784; para o Panamá, 65.415; para o Paraguai, 2.893; e para o Peru, 298.559.

Fonte: Vinícius Sassine e Eliane Oliveira/O Globo
Foto: Carlos Jasso/Reuters

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