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quinta-feira, 17 de maio de 2018

AS PESQUISAS ELEITORAIS INFLUENCIAM O VOTO DO BRASILEIRO?

Para Alberto Carlos Almeida, cientista político e sócio do instituto de pesquisa Brasilis, há vários fatores que influenciam o eleitorado, mas não há nenhuma evidência científica de que o brasileiro se paute por pesquisas de opinião.

As pesquisas divulgadas antes e durante o período eleitoral, na maioria das vezes, são classificadas pelos políticos como um “retrato do momento”. Dependendo do que está em jogo, setores da imprensa pegam a via oposta à relativização e fazem um estardalhaço com os resultados, mesmo quando o desempenho de um candidato, entre uma pesquisa e outra, não representa nenhuma mudança significativa pois oscilou dentro da margem de erro. À parte o tratamento que políticos e mídia dão às pesquisas de opinião, fica a questão: o que elas significam para o eleitor? Será que seu voto é influenciado pelas estatísticas?
“Isso causa controvérsia”, diz Alberto Carlos Almeida, cientista político e sócio da Brasilis - instituto que trabalha com pesquisas de opinião e de mercado, lançado nesta quarta (16), em São Paulo.
No imaginário de muitos brasileiros, pesquisa influencia a opinião do eleitor sim, e a prova disso é o esforço feito para retratar um estudo ou outro como manipulado ou fraudulento, a depender de quem é favorecido ou prejudicado no jogo político.
Mas, segundo Almeida, não existe nenhuma prova de que pesquisas eleitorais influenciam a opinião pública a ponto de ser determinante na hora do voto. Não é como se o eleitor olhasse a pesquisa e decidisse acompanhar a maioria, deixando uma série de fatores de lado. Ao contrário disso.
Almeida explicou que há muita literatura científica indicando o que é determinante para o eleitorado formar sua opinião. O processo de escolha passa por uma avaliação das predisposições individuais (ideologia, visão de mundo de cada eleitor, etc), pelas preferências partidárias, pela avaliação do governo, as proposta dos candidatos, o nível de informação política, a influência exercida por parentes e amigos próximos, pela imagens dos postulantes e até pelo estado sócio-econômico de cada indivíduo.
Quem trabalha com política deve saber que “(o peso de) tudo isto está documentado em estatísticas. E da pesquisa (de opinião), não”, diz Almeida. Ele acrescenta que estudos experimentais já foram feitos mas, até hoje, ninguém conseguiu mostrar, de maneira científica, que uma pesquisa eleitoral influencia no voto.
A crença nessa hipótese desconsidera, em verdade, os inúmeros “obstáculos cognitivos” que uma pesquisa de opinião impõe ao eleitor.
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Fonte: Cíntia Alves/Jornal GGN

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