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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

JORGE PICCIANI RECEBEU R$ 58,58 MILHÕES DA FETRANSPOR, DIZ MPF.

Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa fluminense, teria recebido R$ 58,58 milhões em propinas da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor). A informação consta em documentos entregues pelo delator Álvaro José Novis ao Ministério Público Federal.
Novis era um dos doleiros do sistema de corrupção que abastecia a cúpula política estadual. Ele afirmou ter feito pagamentos a Picciani entre julho de 2010 e julho de 2015 a mando da Fetranspor e de Carlos Miranda, ex-sócio e braço-direito do ex-governador Sérgio Cabral na distribuição de propinas. A federação teria enviado R$ 49,96 milhões a Picciani. Já Miranda teria pago R$ 8,62 milhões ao parlamentar.
O ex-presidente da Alerj não foi o único beneficiado por repasses da Fetranspor. De acordo com Novis, a entidade pagou R$ 122,8 milhões a Miranda entre 2010 e 2016. No mesmo período, o ex-presidente do Detro Rogério Onofre recebeu R$ 44,1 milhões. O deputado estadual e ex-presidente da Alerj Paulo Melo, R$ 38,6 milhões. O doleiro informou que o dinheiro chegava por meio de carros comuns blindados da transportadora de valores Trans-Expert. Ele contabiliza que, ao todo, a Fetranspor teria transferido R$ 350 milhões em propina a autoridades. As revelações de Novis serviram de base para a operação Cadeia Velha, deflagrada nesta terça (14) pela Polícia Federal.
Cadeia Velha
Batizada de “Cadeia Velha”, a operação envolve 4 mandados de prisão temporária, 6 de prisão preventiva e 35 de busca e apreensão em 21 endereços. Além de Picciani, foram levados para prestar depoimento os deputados Paulo Melo e Edson Albertassi, ambos do PMDB. O último foi indicado pelo governador Pezão para a presidência do Tribunal de Contas do Estado há uma semana. No momento, o Ministério Público Federal tenta conseguir a prisão dos parlamentares junto ao 2º Tribunal Regional Federal, já que eles têm direito a foro privilegiado.
Felipe, filho de Picciani, foi preso – assim como Jacob Barata Filho e Lélis Teixeira, empresários do setor de ônibus. Detidos em julho na operação Ponto Final, os executivos foram liberados em setembro graças a uma decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que é padrinho de casamento da filha de Barata. As ações de hoje estão relacionadas a suspeitas de lavagem de dinheiro de propina pago por transportadoras e outras empresas por meio da venda por preços acima dos praticados no mercado de gados das fazendas da família do presidente da Alerj . O nome da operação é uma alusão ao Palácio Tiradentes, que abrigou uma cadeia durante o período colonial.

Fonte: Daniela Pessoa/Veja Rio

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