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sábado, 23 de setembro de 2017

PELO MENOS SEIS PRESOS E 16 FUZIS APREENDIDOS EM AÇÕES CONTRA O TRÁFICO NA ROCINHA.

Menos de 24 horas após o início do cerco das Forças Armadas na Rocinha, pelo menos seis pessoas foram presas e 16 fuzis foram apreendidos. Entre os presos está Luiz Alberto Santos de Moura, conhecido como Bob do Caju. Ele é acusado de ter planejado a invasão à Rocinha, no último domingo. As armas apreendidas teriam sido usadas pelos traficantes que participaram da ação no domingo.
Policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope) também acharam munições ainda não contabilizadas, rádios transmissores, granadas e cadernos de anotações dentro da comunidade. Os presos e as armas foram encaminhadas à 11ª DP (Rocinha). Desde o início dos conflitos na Rocinha, no último domingo, quatro pessoas morreram, uma delas foi identificada como Thiago Fernandes da Silva, e seis pessoas ficaram feridas. Além disso, foram dez presos - já contando com os seis das últimas 24 horas. Além deles também foram presos Edson Gomes Ferreira, Wilklen Nobre Barcellos, Fabio Ribeiro França e Edson Antônio da Silva Fraga - que se entregou.
Após o tiroteio que chegou a fechar por cerca de 1 hora os acessos à comunidade, na madrugada deste sábado, moradores tentam retomar a rotina no início da manhã deste sábado.
O trânsito segue livremente sem retenções, e o comércio no Via Apia e no entorno da favela está funcionando normalmente. Uma moradora, que não quis dar declarações, num gesto de receptividade, chegou a levar pães e cafés para agentes do Exército que patrulham os acessos da comunidade.
- Numa situação dessas não tem como dormir tranquila, mas antes de o dia clarear deram muitos tiros lá para cima - disse uma moradora da localidade do Morro da Alegria, apontando para a mata ao lado direito do túnel Dois Irmãos:
- Não consegui dormir mais, fiquei aflita sem saber o que realmente poderia estar acontecendo. Parecia muito perto da minha casa.
Um homem de 37 anos que trabalha como pedreiro foi revistado ao sair da comunidade. Ele estava indo para o trabalho, em Jacarepaguá, e disse não ter se incomodado com a abordagem dos agentes do Exército.
- Já é a segunda vez que passo aqui hoje e sou revistado. Não me incomodo porque sei que eles estão fazendo o trabalho deles, mas acabam perdendo tempo, tinham que ir nas pessoas certas que aí pegava e acabava logo isso tudo.
Um pai que deixava a comunidade por volta das 8h com malas e as duas filhas disse que as levaria para a casa da avó, onde iria ficar até que a operação terminasse.
acontece por aqui. Infelizmente já estamos acostumados, mas as crianças ficam assustadas porque não entendem muito bem as coisas.
Por volta das 6h, mais tropas das Forças Armadas chegaram à comunidade. Equipes da Polícia Militar, do Exército, da Marinha e da Aeronáutica permanecem desde a sexta-feira na região.
A Rocinha vive em clima de guerra desde o último domingo, quando o bando do traficante Nem da Rocinha, que está preso, entrou na comunidade para retomar os pontos de venda de drogas. Na sexta, após seis dias de operações, o governo do estado solicitou a ajuda do Exército, que fez com cerco à favela com 950 homens.

Fonte: Rafael Nascimento, Leonardo Sodré e Carolina Heringer/Extra

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