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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

JUSTIÇA CEGA, AMOR CEGO.QUANDO A DOENÇA É DE QUEM JULGA.

Hoje acordei doente. Olhei para dentro de mim e descobri que, simplesmente, amava a todos. Amor é doença, sim. Não há quem me convença do contrário. E amar é masoquismo. Há cura, mas não há remédio. É ele o próprio e doente estou. Sem querer remediado estar.
A Justiça, cega, quer curar a cegueira dos outros. Diz do amor, afinal, que é cego também. Este, sem querer enxergar por além do que se mostra, cego fica, sem remediar. Pra quê?
Mais vale o amor de duas partes iguais, de um todo só um mesmo coração. Mais vale o desejo, muitas vezes cego, por uma Justiça que teime em querer olhar por baixo da venda que acoberta os olhos. Mas, ainda assim, pende a balança, impõe o martelo e não reluta em usar a espada.
E da lâmina tenta curar o amor incurável. Conveniente cegueira que, em vez de expor o abandono ao destino, pinta de cinza a “luz interior”.
Hoje acordei doente. Olhei pra fora de mim, e me vi cego.
Mas é cegueira que colore.
Doente sou eu de amor. Doentes são eles que, nas cores, enxergam sangue.
Quem pode curar a cegueira?

Fonte: Ivan Brandão é jornalista/Congresso em Foco

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