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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

NOVO PRESIDENTE FILIPINO CAUSA POLÊMICA COM MÉTODOS CONTRA NARCOTRÁFICO.

Em seis semanas, governo de Rodrigo Duterte já teve 402 suspeitos de narcotráfico mortos.

Não levou nem dois meses para que o apelido de El Castigador começasse a valer. Desde que Rodrigo Duterte assumiu a Presidência das Filipinas, 402 pessoas suspeitas de narcotráfico foram mortas e mais de cinco mil se entregaram. A maioria morreu em confrontos com a polícia, mas 154 foram assassinadas por bandidos não identificados. Os métodos de combate ao crime do presidente — os mesmos usados durante os 22 anos em que ele foi prefeito de Davao — são controversos. Mas ele insiste que dão resultados: segundo dados da polícia, o crime baixou 13% desde que foi eleito, há só seis semanas.
— Se assumir a Presidência, posso garantir que não haverá uma limpeza, mas derramamento de sangue — prometeu na campanha.
Mas a luta contra o crime organizado causa preocupação na ONU, e também em organizações de direitos humanos e nos EUA. Famílias de vítimas reclamam que os mortos eram consumidores de drogas, e não traficantes. O modus operandi dos milicianos lembra os “esquadrões da morte”.
— Houve um aumento atroz de mortes extrajudiciais de suspeitos por bandidos não identificados. Isso demonstra que o desconhecimento de Duterte das leis filipinas e dos direitos humanos internacionais na campanha se transformou numa realidade de sua Presidência — criticou Phelim Kine, subdiretor da Human Rights Watch (HRW) na Ásia.
O presidente não mira apenas em peixes pequenos. Há uma semana, denunciou publicamente 158 funcionários vinculados ao narcotráfico, a maioria policiais e militares. A lista ainda inclui três membros do Congresso e sete juízes. Apesar das críticas, sua forma de ação não escandaliza a maior parte dos filipinos.
— A maioria apoia ou tolera a campanha anticrime. Há uma percepção de que só medidas draconianas podem ser efetivas para que se cumpra a lei e se mantenha a ordem — explicou Richard Javad Heydarian, analista político filipino.
As sondagens mais recentes indicam que 91% dos entrevistados confiam em Duterte, porcentagem mais alta obtida por um presidente no país:
— Ainda que sua imagem seja negativa no exterior, ele poderia se transformar no presidente mais forte e popular da História moderna das Filipinas — afirma Jennilyn Olaires, noiva de Michael Siaron, motorista assassinado em plena rua em Manila.
Ao seu lado havia um cartaz escrito “traficante de drogas”. A mulher insiste, no entanto, que Siaron era consumidor de shabu, a metanfetamina que é uma praga no país. E em outra polêmica recente, Duterte chamou Philip Goldberg, embaixador americano no país, de “gay filho da puta” na semana passada.

Fonte: La Nación - O Globo

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