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sábado, 27 de dezembro de 2014

"ORÁCULO LEGISLATIVO" DOS PRESIDENTES DA CÂMARA SE APOSENTARÁ EM 2015.


Mozart Vianna foi braço-direito de 12 políticos que comandaram a Casa. 
Ele recomendou voto aberto na sessão que abriu impeachment de Collor.


Miúdo e de voz mansa, o secretário-geral da Câmara, Mozart Vianna, 63 anos, foi responsável por orientar algumas das decisões mais importantes da Casa nas últimas quatro décadas, como a recomendação para abrir o voto dos deputados federais na sessão histórica que determinou a instauração do processo de impeachment contra o ex-presidente Fernando Collor de Mello em 1992.
O profundo conhecimento do regimento interno da Câmara transformaram esse ex-seminarista franciscano em um espécie de "oráculo" para assuntos legislativos. Homem de confiança e principal conselheiro de 12 presidentes da Casa, ele se despedirá em 1º de fevereiro do cargo de secretário-geral da Mesa Diretora. Segundo ele, com a aposentadoria, irá se dedicar mais à família.
Mozart Vianna, ou doutor Mozart, como é conhecido no Congresso Nacional, nasceu em Corinto, no interior de Minas Gerais. Chegou à Câmara dos Deputados como datilógrafo, em 1975, e foi avançando na carreira, passando sempre por outros concursos públicos.
Há quase 40 anos no Legislativo, ele chegou a ensaiar uma aposentadoria do cargo em 2011, quando chefiou o gabinete do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e, posteriormente, trabalhou no setor privado. Mas, convidado a retornar ao parlamento em 2013 pelo atual presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), Mozart não hesitou e voltou aos carpetes verdes da Casa.
Antes de se sentar ao lado do peemedebista na mesa de comando do plenário da Câmara, auxiliou diretamente os ex-presidentes Ibsen Pinheiro, Inocêncio de Oliveira, Luís Eduardo Magalhães, Michel Temer, Aécio Neves, Efraim de Morais, João Paulo Cunha, Severino Cavalvanti, Aldo Rebelo e Arlindo Chinaglia.
“É o conselheiro máximo, prioritário, número um, em qualquer assunto no tocante à condução das matérias legislativas. Eu tenho segurança que ele sempre dará a opinião que ele entende, pela segurança e o conhecimento, a mais acertada. Quer eu goste ou não goste”, ressaltou ao G1 o deputado Henrique Alves.
Por conta das suas orientações decisivas no plenário da Casa, Mozart recebeu do ex-deputado Ulysses Guimarães o apelido de “Espírito Santo do ouvido”. Aliás, foi na época da Assembleia Constituinte, comandada por Ulysses, que Mozart diz ter vivido uma das maiores experiências da sua vida. Na ocasião, ele coordenou a comissão que deu a redação final à Constituição. Foram dias intensos de trabalho e algumas noites sem dormir.
"O doutor Ulysses tinha pressa. A ideia inicial era elaborar a Constituição em um ano, então, ele não queria perder prazo. Uma vez, depois de trabalhar sábado e domingo, eu fui dormir quarta à noite. Passei segunda, terça e quarta trabalhando", relata Mozart.
Mas o esforço, segundo ele, valeu a pena. "Eu vivenciei muito aquele momento de sofrimento, do país submetido a um regime de força, então aquela abertura democrática, recuperação da liberdade democrática e a gente atuando, participando, é motivo de muito orgulho até hoje", destacou o secretário-geral ao G1.

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Fonte: Fernanda Calgaro e Nathália Passarinho/http://g1.globo.com/

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