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sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

MESA DEMOCRÁTICA.

A FATIA DOS NOVOS PARTIDOS.

O novo ministério anunciado nesta semana pela presidente Dilma Rousseff marca a entrada, no primeiro escalão, em duas pastas com orçamento robusto e responsáveis por conduzir projetos importantes do atual governo, de duas legendas que não existiam quando a petista tomou posse para o primeiro mandato, em 2011: Pros e PSD. Cid Gomes foi confirmado ministro da Educação e Gilberto Kassab será responsável pelo Ministério das Cidades. Tanto Kassab quanto Gomes deixaram as respectivas legendas às quais estavam filiados - respectivamente, PSB e DEM - para criar partidos que poderiam controlar com mão de ferro. O governador do Ceará deixou o PSB após discordar da candidatura de Eduardo Campos ao Palácio do Planalto, e Kassab abandonou o DEM quando ainda era prefeito de São Paulo. Outro ponto de interseção é que os dois partidos nasceram sob a égide governista. Cid Gomes esteve na semana passada no Palácio do Planalto para dizer à presidente Dilma que aceitaria o convite para ser ministro da Educação. Não conseguiu falar com a petista, pois ela tinha viajado para Buenos Aires, onde participaria da reunião de cúpula do Mercosul. Para assumir o cargo, Gomes abriu mão de ser consultor de infraestrutura do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Dilma já havia manifestado diversas vezes o desejo de trazer para a Esplanada o governador do Ceará. Além da gratidão com os irmãos Gomes - Cid e Ciro - por eles terem apoiado a reeleição dela, mesmo contrariando o desejo de candidatura própria do PSB, a presidente ficou bastante impressionada com os resultados do governo cearense na área educacional. Um dos principais programas do governo federal, o Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, foi inspirado em uma iniciativa semelhante de Cid Gomes. Gilberto Kassab, que já tem um afilhado na Esplanada - o ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa, Guilherme Afif Domingos -, assumiu umas das pastas com o orçamento mais robusto: o Ministério das Cidades. Desalojou o PP, que ocupava o posto desde 2004, quando o petista Olívio Dutra deixou a Esplanada. Os petistas devem ocupar o Ministério da Integração Nacional, que atualmente é conduzido por Francisco Teixeira, ligado aos irmãos Gomes. Kassab, que, segundo aliados da presidente, foi escolhido para a pasta por conta da expertise de ex-prefeito de São Paulo, será responsável por conduzir alguns projetos mais caros à presidente: o Minha Casa, Minha Vida e os PACs Saneamento e Mobilidade Urbana. O PSD de Kassab, cuja criação contou com o empenho pessoal do PT, do Planalto e do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, fez aliança formal com a presidente nas eleições de outubro deste ano.

Fonte: http://www.josivanbarbosa.com.br/

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