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segunda-feira, 8 de setembro de 2014

"SE VIREM. NÃO COLABORO COM INIMIGOS, DIZ MILITAR À COMISSÃO DA VERDADE.

Um militar que foi convocado para depor à Comissão Nacional da Verdade, o tenente do Exército José Conegundes do Nascimento, se recusou a comparecer a audiência desta segunda-feira (8) e afirmou que "não colabora com o inimigo".
"Não vou comparecer. Se virem. Não colaboro com o inimigo", escreveu o tenente no documento de convocação apresentado pela comissão ao militar.
O tenente atuou na repressão à Guerrilha do Araguaia e foi convocado no último dia 29 para depor ao colegiado, em Brasília.
O coordenador da comissão, Pedro Dallari, afirmou que pedirá investigação do Ministério da Defesa e avaliou a atitude do militar como uma "afronta" aos trabalhos do grupo e vai pedir ao Ministério da Defesa que apure se houve infração disciplinar pelo militar.
Além de Conegundes, o general do Exército José Brandt Teixeira também se recusou a comparecer alegando que, "segundo orientação do Comando do Exército, as convocações devem partir daquela autoridade".
A Comissão da Verdade tem o poder de convocar os militares sem a autorização das Forças Armadas e não aceitou as justificativas.
Estavam previstas para hoje o depoimentos de cinco militares, mas apenas o general de brigada Ricardo Agnese Fayad compareceu. Ele foi médico do Doi-Codi de São Paulo e teria também atuado na Casa da Morte de Petrópolis, um centro clandestino de tortura usado pelo Exército. O militar, no entanto, permaneceu em silêncio e não respondeu a nenhum dos questionamentos feitos pela comissão.
Documentos das Forças Armadas
A comissão informou hoje que recebeu dos comandos do Exército, da Aeronáutica e da Marinha as folhas de alteração de 115 militares. Esses documentos registram o histórico da vida funcional dos militares. A comissão tenta receber esses registros há um ano.
O grupo vai analisar e cruzar as informações obtidas com as folhas de alteração com depoimentos já colhidos pela comissão. Com esse cruzamento será possível confirmar dados já obtidas com testemunhas sobre os desvios aos direitos humanos cometidos pelos militares.

Fonte: Bruna Borges/http://noticias.uol.com.br/

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