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sábado, 6 de setembro de 2014

PETRODELAÇÃO DESPEJA ÓLEO QUEIMADO NA ELEIÇÃO.

Como previsto, Paulo Roberto Costa, o ex-diretor preso da Petrobras, moveu a língua. Em troca de redução da pena, ele revela à Justiça segredos que estavam armazenados abaixo da camada pré-moral da maior estatal brasileira. O repórter Mario Cesar Carvalho conta que pingaram dos lábios do delator os nomes de 62 políticos que morderam propinas. São 12 senadores, 49 deputados e um governador. Gente filiada a três partidos: PT, PMDB e PP.
Na cadeia, Paulinho, como o depoente é chamado na intimidade, vinha dizendo que não haveria eleições em 2014 se ele contasse tudo o que sabe. Enquanto espera pelas novidades, resta à plateia raciocinar com hipóteses, desde as mais amplas —na pior das hipóteses, a sucessão presidencial será engolfada pelo óleo queimado, na melhor das hipóteses ficará com óleo pelo nariz— até as mais específicas.
No caso do que o país pode esperar com uma delação à vera de Paulinho, o leque das hipóteses é enorme, já que todo mundo tem uma noção do que foi feito da Petrobras depois que os partidos tomaram a estatal de assalto. A melhor das hipóteses é que o ex-diretor confirme que o dinheiro saía mesmo pelo ladrão nos contratos da Petrobras. A pior das hipóteses é que ele informe que os ladrões entraram nos contratos da Petrobras com autorização superior.
Dependendo do que está por vir, é possível que os protagonistas do governo tenham que se reposicionar na cena eleitoral. Talvez precisem fazer pose de administradores ingênuos ou políticos distraídos sendo usados por salteadores. Este é um governo dos patrimonialistas do PT, do PMDB e congêneres. Mas quem bota a cara na tevê por eles é a Dilma, quem fica com a má fama é a esquerda guerrilheira, que combateu a ditadura para acabar como marionete.
Por sorte, João Santana dispõe de um bom tempo de propaganda. Na pior das hipóteses, o marqueteiro de Dilma disfarçará os interesses escusos que se escondem atrás da boa biografia. Na melhor das hipóteses, ele ajuda a manter a ilusão de que há em Brasília alguém que comanda.

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