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domingo, 7 de setembro de 2014

MÉDICOS E ADVOGADOS USAM "DOUTOR" PARA GANHAR RESPEITABILIDADE NAS ELEIÇÕES.

Jalecos e estetoscópios invadem horário eleitoral. Para especialista, termo deve ser abandonado como foma de tratamento: "Ser doutor não é cargo é título acadêmico".

Mais de 2 mil candidatos das eleições 2014 são médicos e advogados. E vale tudo para ganhar respeitabilidade do eleitor. Entre eles, cerca de 600 concorrentes a cargos públicos adotam o título de “doutores” como parte do próprio nome e até levam o uniforme de trabalho aos preciosos segundos do horário eleitoral. A estratégia domina a categoria dos médicos que - com 608 representantes no pleito - tem 62% (379) deles levando o termo “doutor(a)” às urnas.
Os candidatos ouvidos pelo iG defendem o uso do título como uma forma de ajudar o eleitor a lembrar e entender os principais pontos de suas candidaturas, como saúde pública ou revisão do código penal, por exemplo. No entanto, especialistas em marketing político acreditam que seu uso pode trazer à memória um Brasil marcado pela divisão de classes e que deve ser esquecido.
“O tempo ali é curto. Assim como o vendedor de melancia pode aparecer carregando a fruta, o médico vai aparecer com o jaleco e estetoscópio. É natural”, minimiza o candidato a deputado estadual Raul Torelly Fraga (PMDB/RS), o “Dr. Raul”, de 58, especializado em clínica médica e medicina do trabalho. Ele já exerceu dois mandatos como vereador, entre os anos 2005 e 2012, mas rejeita a ideia de ir às ruas de Porto Alegre (RS) vestido com jaleco para pedir voto. “Nunca pensei em fazer isso, acho ridículo. Jaleco é para ser usado em ambiente hospitalar”, renega categoricamente.
Questionado sobre ter usado o tradicional uniforme e estetoscópio em sua gravação do horário eleitoral, o político diz “ser outra história”. Para ele, que já tentou ser eleito sem o “Dr.” antes do nome, cultivar a imagem de médico em santinhos e material de campanha é fundamental para que seja lembrado por antigos pacientes carentes da região da Grande Porto Alegre (RS), alvos de ações da Secretaria Estadual da Saúde. Fraga garante que o uso do apelido Dr. Raul é fruto do respeito do povo pelo seu trabalho e um divisor de classes.
“Sou conhecido como o ‘doutor Raul’. Isso com o tempo ficou carimbado. Na intimidade ou no lazer ninguém me chama assim. No futebol, por exemplo, amigos me chamam de Raul, mas os funcionários do clube me chamam de doutor. E não é porque são inferiores, é costume mesmo”, justifica Fraga, sem esconder que o uso do termo não é comum entre as pessoas mais próximas, no entanto.

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Fonte: Carolina Garcia/http://ultimosegundo.ig.com.br/

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