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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

PILOTO DO JATO EM QUE MORREU CAMPOS RELATOU CANSAÇO DE VOAR NO FACEBOOK.

Há cinco dias, Marcos Martins postou na rede social: 'Cansadaço, voar voar e voar'.

Cinco dia antes da tragédia com o jato no qual viajava o presidenciável Eduardo Campos, um dos pilotos que morreu, Marcos Martins, disse no Facebook que não estava tendo tempo para descansar, devido às viagens que vinha fazendo acompanhando as campanhas eleitorais.
"Cansadaço, voar voar e voar . E amanhã tem mais. Recife", postou no dia 8 de agosto, pelo Facebook.
Em outra postagem, ele conta: "Cada lugar. Parece que ainda estou na África. Fim de mundo isto é Nordeste..", referindo-se ao Centro de Arapiraca.
Na rede social, ele postou um vídeo de um passeio pela Praia de Copacabana, onde filmou um drone. Em sua página, Martins comentou: "assim fica fácil", referindo-se à simplicidade com que eram feitas as manobras com o aeromodelo por meio de controle remoto. Cinco amigos curtiram a postagem.
O piloto se formou pela Universidade Paulista (UNIP) e fazia parte de um grupo de pilotos experientes. Ele era casado com Flávia Martins e tinha dois filhos menores. Dois dias antes da morte do marido, ela postou por uma rede social que estava com dificuldades de dormir.
O outro piloto que morreu foi Geraldo Cunha. Ele dividia com Martins o comando da aeronave.
O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, o comandante Marcelo Cerriotti, disse nesta quarta-feira que a sobrecarga de trabalho dos pilotos está pondo em risco a segurança dos voos. Segundo ele, a entidade está tentando, desde 2011, alterar a Lei 7.183/84, que estabelece uma carga horária de 11 horas diárias de trabalho por 12 horas de descanso, a que os pilotos estão submetidos.
— Qualquer coisa que se diga agora na tentativa de esclarecer o acidente será especulação. Mas é preciso que se fale que, já há algum tempo, estamos alertando para o risco a que a categoria está exposta. Especialmente em épocas de campanha eleitoral. A quantidade de voos aumenta muito. A equipe toda precisa se locomover a todo instante. Às vezes, fazem viagens longas num mesmo dia. Precisamos modernizar a lei, tratar da gestão da fadiga nas escalas de trabalho dos pilotos.

Fonte: Vera Araújo/http://oglobo.globo.com/

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