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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

PF REALIZA BUSCAS EM EMPRESAS DE EX-DIRETOR DA PETROBRÁS.

A Polícia Federal cumpre nesta sexta-feira (22) 11 mandados de busca e apreensão no núcleo de empresas relacionadas a Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, no Rio de Janeiro.
As buscas fazem parte da Operação Lava Jato, que está em sua sexta fase. Ela foi iniciada em 17 de março de 2014, tendo como o foco em um esquema de lavagem de dinheiro suspeito de movimentar R$ 10 bilhões. O personagem central é o doleiro Alberto Youssef, preso desde o início da operação.
Ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Costa foi preso em março e chegou a ser libertado dois meses depois, mas acabou sendo novamente detido em junho. Ele é suspeito de receber propina de Youssef para facilitar negócios na Petrobras.
A prisão de Costa em 12 de junho ocorreu após o STF (Supremo Tribunal Federal) validar as provas da Operação Lava Jato e determinar que as ações penais oriundas da investigação fossem devolvidas à Justiça Federal.
Na época, o juiz Sérgio Moro, que determinou a prisão, disse que o Ministério Público da Suíça informou que foram descobertas naquele país contas bancárias no valor de US$ 29 milhões. Segundo o órgão, foram identificadas 12 contas em bancos suíços sob o controle de Costa, suas duas filhas, genros e de um funcionário do doleiro Alberto Youssef. Desse total, de acordo com o Ministério Público suíço, US$ 23 milhões pertencem a Costa.
Segundo o jornal "Estado de São Paulo", Costa já sofre duas ações penais: uma sobre lavagem de recursos da Petrobras e envolvimento com organização criminosa e a outra relativa à destruição e ocultação de documentos que poderiam comprometê-lo na acusação. O ex-diretor é alvo de outras investigações da PF, de acordo com o jornal.
Outro lado
Em depoimento à CPI da Petrobras, em junho, Costa disse que se aposentou na Petrobras em abril de 2012 e criou uma consultoria para continuar em sua atividade. Ele negou irregularidades.
"Isso pôs uma pedra em minha carreira na Petrobras. Me sinto muito constrangido com tudo isso que está acontecendo. O que está acontecendo não tem fundamento nenhum. Tenho 35 anos na Petrobras e isso não se joga na lata do lixo como jogaram", disse, na época.
Na ocasião, Costa também afirmou que o conselho de administração da Petrobras sabia do seu passado e que "ninguém permanece tanto tempo na empresa sem uma conduta honesta".

Foto: Pedro Ladeira/Folhapress

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