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quinta-feira, 29 de maio de 2014

BARBOSA: AÇÃO DO MENSALÃO "SAI DA MINHA VIDA".

Presidente do STF anunciou que se aposentará em junho.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, disse nesta quinta-feira que a ação penal do mensalão, processo que relatou e depois conduziu o julgamento, "sairá de sua vida" após a aposentadoria da corte no final de junho. "Esse assunto está completamente superado. Sai da minha vida a ação penal 470 [do mensalão] e eu espero que saiam também da vida de vocês [jornalistas]. Chega desse assunto", afirmou.
Embora tenha sido solado por parte dos ministros por conta do julgamento do mensalão, em especial após a chegada de Teori Zavascki e Luís Roberto Barroso, votos cruciais para a derrubada da condenação de formação de quadrilha entre os mensaleiros, Barbosa afirmou não ter nenhuma “decepção” pelos quase 11 anos que permaneceu no Supremo e disse defender mandatos para ministros da mais alta corte do país.
“Minha concepção da vida pública é pautada pelo princípio republicano de que os cargos têm que ser ocupados por um determinado prazo e depois deve se dar oportunidade a outras pessoas. E eu já estou há 11 anos”, declarou.
Cortejado por partidos políticos para que se filie a legendas e possam disputar eleições a partir de 2016, Joaquim Barbosa desconversou sobre pretensões eletivas e disse que em janeiro, durante o recesso do Judiciário, decidiu que iria deixar de vez a corte antes da aposentadoria compulsória dos 70 anos. O magistrado deverá conduzir os trabalhos do tribunal até o fim do mês e deixar a toga às vésperas do recesso de julho. Ao deixar o STF, revelou que pretende descansar, assistir aos jogos da Copa do Mundo em Brasília e analisar convites para proferir palestras ou dar aulas no exterior.
“Meus planos mais imediatos são dois: ver a Copa do Mundo em Brasília e descansar um pouco. [Dar aulas] eu não sei, tem [convites]. Eu preciso de descanso inicialmente”, afirmou. “Não pretendo ir para o exterior imediatamente”, completou.
Defensor da possibilidade de candidaturas avulsas a cargos eletivos, o que o desvincularia da exigência de se filiar a um partido político, o ministro defendeu, após a sessão plenária, que os cargos de ministro do Supremo também seja alvo de rodízios, uma solução para, segundo ele, “dar lugar para outras pessoas, novas cabeças, novas visões do mundo, do Estado, da sociedade”. “O tribunal vem passando por mudanças e vai passar daqui até 2018. Já começa a ser um tribunal diferente. Em 2018 com certeza sairá de cena o STF dos últimos sete ou oito anos, razão a mais para eu me antecipar e dar lugar para outras pessoas, novas cabeças, novas visões do mundo, do Estado, da sociedade. É importantíssima a renovação”, disse.
Ao ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado em 2003, Joaquim Barbosa já havia defendido que os magistrados permanecessem no STF por um período aproximado de 12 anos, independentemente da atual exigência de aposentadoria aos 70 anos. Permaneceu na Corte por quase 11 anos, que seriam completados no próximo dia 25.

Fonte: Laryssa Borges/http://veja.abril.com.br/
Foto: Alan Marques/Folhapress

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