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quarta-feira, 9 de abril de 2014

PRÉ-CANDIDATO DO PSDB AO GOVERNO DE MG É INDICIADO PELA PF POR LAVAGEM DE DINHEIRO.

Investigação, que tem origem no mensalão tucano, é criticada por Pimenta da Veiga: "Vejo com enorme surpresa a acusação porque prestei esclarecimentos na época".

Candidato do PSDB ao governo de Minas Gerais, o ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga foi indiciado pela Polícia Federal (PF) por lavagem de dinheiro. Pimenta recebeu R$ 300 mil das agências de publicidade do operador Marcos Valério. De acordo com a PF, o dinheiro foi desviado no mensalão mineiro, esquema de caixa dois que o Ministério Público Federal (MPF) apontou desvio de verbas públicas do estado para abastecer a campanha de reeleição do ex-governador Eduardo Azeredo, em 1998. Em depoimento, Pimenta e Valério sustentam que o valor se referia a pagamento de honorários advocatícios. Porém, eles não apresentaram documentos que comprovariam os serviços prestados.
Ao GLOBO, o tucano declarou nesta quarta-feira que não é competência do prestador de serviço pesquisar a origem de recursos. Segundo Pimenta, o dinheiro foi depositado em sua conta corrente por empresa que, na época, tinha reputação inabalável.
- Recebi horários por serviços de advocacia prestados. Se agora os recursos foram identificados como sendo de origem ilícita, não se pode ligar ao prestador de serviços. Não é competência do prestador de serviços investigar a origem dos recursos - declarou.
Em 2003, o ex-ministro e advogado recebeu em sua conta quatro depósitos efetuados pelas agências DNA Propaganda e SMP&B Comunicação, de R$ 75 mil cada um, totalizando os R$ 300 mil denominados como “pagamento de obrigação”. Em interrogatório, Pimenta declarou ter prestado uma consultoria empresarial, mas disse que nenhum parecer foi produzido. A PF ainda vai concluir o inquérito para remetê-lo ao Ministério Público Federal (MPF) em Minas que, por sua vez, decidirá se abre ou não processo contra o ex-ministro.
Para o tucano, existe uma motivação política por trás dessa investigação.
- Estou absolutamente estupefato com essa atitude. Vejo com enorme surpresa a acusação porque prestei esclarecimentos na época e eles foram considerados convincentes. Minhas respostas foram consideradas satisfatórias. Justo agora que volto para a vida pública e viro pré-candidato ao governo, aparece a acusação. Estou pesquisando a origem disso - declarou.
Aberta em 2013, a investigação contra Pimenta é desdobramento da denúncia oferecida em 2007 pela Procuradoria Geral da República com base no inquérito 2280, conhecido como mensalão mineiro. Além de Azeredo, que renunciou mandato de deputado federal em fevereiro para escapar do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF), foram denunciadas outras 14 pessoas, entre elas o senador Clésio Andrade (PMDB), pré-candidato ao governo estadual, e o ex-ministro Walfrido dos Mares Guia. Como completou 70 anos, Mares Guia teve o processo prescrito em janeiro, o mesmo vai acontecer com o ex-tesoureiro Cláudio Mourão agora em abril. Devido ao desmembramento do processo, Clésio continua réu junto ao STF e os demais acusados, atualmente nove pessoas, estão respondendo na primeira instância mineira. Com a renúncia, Azeredo perdeu o foro e também será julgado em BH.
Pimenta foi ouvido no mês passado em Brasília, por meio de carta precatória, expedida pela PF em Minas. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pelo jornal “O Estado de S. Paulo”. O tucano classificou o fato de “estranho” e disse ser vítima de uma “manobra eleitoreira”.

Fonte: Ezequiel Fagundes/http://oglobo.globo.com/


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