RNPOLITICAEMDIA2012.BLOGSPOT.COM

domingo, 20 de abril de 2014

HÁ OITO ANOS, PGR INVESTIGA FARRA DAS PASSAGENS.

São 20 investigados em inquérito sigiloso descoberto pelo Congresso em Foco. Pelo menos cinco parlamentares estão envolvidos em apuração sobre comércio paralelo de bilhetes aéreos. Político algum foi punido cinco anos depois de caso ser revelado pelo site. Ministro reclama da demora.

Apesar de ter se passado meia década depois de o Congresso em Foco revelar que deputados e senadores usaram dinheiro público para viajar e ceder passagens aéreas a terceiros, nenhum político foi punido. A farra das passagens, na verdade, se arrasta nos escaninhos da Justiça há bem mais tempo. Há oito anos, um inquérito criminal se arrasta entre o Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal e a Procuradoria Geral da República (PGR). A apuração sigilosa tem 20 investigados. Pelo menos cinco são parlamentares.
O objetivo é saber se políticos participaram do comércio de créditos aéreos. O mercado clandestino de bilhetes do Congresso não poupou nem o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, que voou, ao lado de sua esposa, para os Estados Unidos, na cota do então deputado Paulo Roberto Pereira (PTB-RS), como mostrou este site. Gilmar comprovou ter pago a passagem com seu próprio cartão de crédito e cobrou explicações da Câmara sobre o caso.
Mas o inquérito sobre o comércio clandestino da cota aérea tramita na PGR e no STF sem qualquer solução desde 2006. Parte da investigação é baseada em reportagens do Congresso em Foco. Questionada várias vezes desde setembro do anos passado, a Procuradoria-Geral da República não informou o andamento do processo e os nomes de todos os investigados. Mas a reportagem apurou que três deles são os deputados Aníbal Gomes (PMDB-CE) e Dilceu Sperafico (PP-PR) e o agente Pedro Damião Pinto Rabelo.
O embrião das apurações criminais no Supremo Tribunal Federal (STF) surgiu há dez anos, a partir de 2004, quando Pedro Damião Pinto Rabelo, da agência Morena Turismo, passou a prestar depoimentos à Polícia Legislativa da Câmara. Num deles, disse que deputados vendiam, diretamente para ele, créditos de passagens. “Que frequenta a Câmara dos Deputados para transacionar passagens aéreas oriundas tanto da sua empresa de turismo quanto da cota de passagens de Deputados, sendo estas negociadas diretamente com os respectivos parlamentares; QUE compra passagens aéreas dos parlamentares com deságio que varia de quinze a vinte por cento; QUE prefere não nominar os parlamentares”, afirmou Pedro Damião em oitiva em junho de 2005.
A atividade dele continuou nos anos seguintes. em 2009, por exemplo, o então deputado Raymundo Veloso expedia autorizações para que o agente usasse seus créditos em benefício de terceiros. É o que mostra documento obtido pelo site e que integra o inquérito da PGR (veja fac-símile acima). Damião não era o único, o agente Elói Xaveiro afirmou à polícia nos anos 90 que fazia o mesmo. Reportagens do site mostraram ainda a existência de outros operadores de turismo que atuavam no mercado paralelo de bilhetes pagos com dinheiro público e que iam parar na mão de terceiros, muitas vezes sem saber a origem das passagens.
Parte do caso relatado por Pedro Damião à Polícia Legislativa foi revelada pelo Congresso em Foco já em 2008, em reportagem que apontava a participação de um assessor que passou pelos gabinetes dos deputados Daniel Almeida (PCdoB-BA), Lino Rossi (PP-MT) e Edmilson Valentim (PCdoB-RJ).

PARA LER A MATÉRIA COMPLETA, CLIQUE AQUI

Fonte: Eduardo Militão/http://congressoemfoco.uol.com.br/

Nenhum comentário:

Postar um comentário

COMENTÁRIO SUJEITO A APROVAÇÃO DO MEDIADOR.