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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

JOÃO PAULO CUNHA AINDA ACREDITA QUE PODE ESCAPAR DA CADEIA.

Condenado por corrupção, ele – que já ocupou a Presidência da República – viu sua ambição abatida no auge.

A decoração do escritório político de João Paulo Cunha reflete suas devoções, paixões, memórias e aspirações. Há imagens de São Francisco de Assis, bibelôs do São Paulo Futebol Clube, retratos de família – e, em quadros devidamente emoldurados, páginas do Diário Oficial do período em que o deputado petista, então presidente da Câmara, ocupou a cadeira de presidente da República. Isso ocorreu duas vezes. Numa delas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpria uma agenda fora do país e seu vice, José de Alencar, estava internado com pneumonia. Na outra, ambos haviam viajado para o exterior. Ocupar a Presidência, ainda que como substituto, foi o ponto mais alto da carreira política de João Paulo. O mais baixo ele vive agora. O Supremo Tribunal Federal decretou sua prisão no dia 6 de janeiro. João Paulo continua em liberdade até que o presidente do STF, Joaquim Barbosa, volte de suas férias – isso está previsto para esta segunda-feira, dia 3 de fevereiro. De camiseta polo vermelha, calça jeans e tênis Vans, João Paulo parecia relaxado na terça-feira passada em seu escritório em Osasco, um sobrado amarelo de frente para uma praça arborizada. Na manhã quente de verão – provavelmente seu último verão em liberdade –, João Paulo ainda achava que poderia escapar da prisão. “Acredito nas pessoas, né? O ministro pode aguardar a definição final da pena e só depois decretar minha prisão”, afirmou. O rosto dele, como se pode ver pelo retrato ao lado, misturava tensão à calma aparente.
João Paulo tem 55 anos e foi o primeiro político a ser condenado por corrupção na história brasileira. Foi também o primeiro a ser condenado no processo do mensalão. O escândalo truncou uma carreira política que parecia fulminante – e, entre os condenados, poucos estiveram tão intimamente ligados ao caso quanto ele. João Paulo foi o primeiro petista a contratar os serviços da SMP&B, a agência de Marcos Valério – para fazer sua campanha à presidência da Câmara dos Deputados, em 2003. Em 2004, quando tentou celeremente a reeleição ao mesmo cargo, ajudou a criar um clima de animosidade no Congresso, decisivo para as denúncias que trouxeram o mensalão à tona. Entre esses dois momentos, fundamentais para sua derrocada, João Paulo viveu seu auge. E sonhou com glórias ainda maiores. Ree­leito presidente da Câmara, seria um possível candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo, em 2006. “Certamente teria um espaço grande”, diz. “Tinha condições de crescer bastante.” Tinha mesmo. Poderia ir ainda mais longe numa trajetória de ascensão constante, que começara 25 anos antes.

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Fonte: Alberto Bombix eg e Aline Ribeiro/http://epoca.globo.com/

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