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domingo, 24 de julho de 2011

PT NÃO SABE SE CAMINHA SÓ OU COM PSB.

Nas eleições municipais de 2008, o PT tomou uma decisão histórica quando se aliou a uma das alas da tradicional família Rosado. Enterrou o discurso contra as oligarquias, mas também sepultou a imagem de partido que não dialogava com outras tendências partidárias. O resultado eleitoral não foi satisfatório, mas também não foi um desastre, uma vez que o PT continuou do mesmo tamanho.
A dobradinha com o rosadismo – ala liderada pela deputada Sandra Rosado (PSB), porém, muito dificilmente se repetirá nas eleições do próximo ano. A tendência é que o PT volte a ter candidatura própria à Prefeitura e fique livre na proporcional para eleger pelo menos um vereador.
A experiência de 2008, no entendimento de expoentes do PT, não pode ser repetida porque não trouxe qualquer benefício. O partido sequer conseguiu reconquistar uma vaga na Câmara Municipal, apesar da boa votação do ex-vereador Luiz Carlos Martins. Ele foi “engolido” pelo PSB que emplacou o único eleito da coligação, o vereador Lairinho Rosado, filho de Sandra.
Na opinião do ex-candidato a prefeito e um dos fundadores do PT, jornalista e poeta Crispiniano Neto, o partido não deve servir de “esteira” para nenhum partido, como ocorreu nas últimas eleições. Ele entende que o PT tem condições de eleger seus próprios vereadores. Essa possibilidade ganha força com a ampliação do número de vagas no Legislativo (de 13 para 21), o que diminuirá o coeficiente eleitoral para no máximo seis mil votos. Viável para a densidade eleitoral do partido, entende-se.
Os que defendem candidatura própria, inclusive, já colocaram o ex-candidato a deputado federal Francisco de Assis como pré-candidato a prefeito. Essa ala luta para o partido voltar as suas origens, buscando parceria com o tradicional companheiro PC do B. As chances de ganhar as eleições majoritárias seriam mínimas, mas teria a certeza de que elegeria pelo menos um representante à Câmara.
A proposta, no entanto, não é uma unanimidade no partido. Alguns companheiros ainda defendem a união com o rosadismo e desejam indicar o vice da provável candidata Larissa Rosado (PSB). O secretário-geral do diretório municipal, Ibero Hipólito, endossa a aliança com o rosadismo. Ele é da tendência Democracia Socialista (DS), mas adverte que essa é uma posição pessoal. “Nós ainda não decidimos de forma coletiva, mas defendo uma aliança com o PSB na disputa pela Prefeitura”, disse, em entrevista ao jornal “O Mossoroense”.
Reunião
Íbero defende a união de todos os partidos da base da presidente Dilma Rousseff para enfrentar o governo municipal. “Vamos procurar PR, PSB, PC do B e outros partidos para juntos acabarmos com a hegemonia do DEM em Mossoró”, afirmou.
A opinião é a mesma do ex-candidato a vice-prefeito Tércio Pereira. Ele também sonha repetir a dobradinha com o rosadismo. Entende que o PT não tem condições de ir à luta sozinho para enfrentar, com chances de vitória, um candidato do DEM.
A divisão será exposta hoje na reunião convocada pelo PT para discutir as eleições municipais 2012. O encontro acontecerá na sede do Sindicato dos Empregados no Comércio (SECOM), às 9h. O calendário de atividades e a organização partidária também estão na pauta.
PT de Mossoró não tem densidade eleitoral
A primeira vez que o PT disputou a Prefeitura de Mossoró foi nas eleições de 1982, com uma performance sofrível. O candidato Mário Fernandes obteve apenas 428 votos, menos de 1% do universo de votos válidos. Naquele ano, os mossoroenses elegeram o prefeito Jerônimo Dix-huit Rosado Maia para governar a cidade pela segunda vez.
O PT havia sido criado há pouco tempo, era pouco conhecido do eleitor. No entanto, a performance eleitoral continuou moderada nas eleições seguintes. Teve o seu melhor momento nas eleições de 1992, quando o candidato Luiz Carlos Mendonça Martins teve 8,43% dos votos válidos (6.557 votos), suficiente para eleger dois vereadores.
Depois daí, o partido não conseguiu crescer, mesmo mantendo representação no Legislativo, até que em 2004 perdeu o único mandato com a não-reeleição do vereador Luiz Carlos. Foi também em 2004 que o PT disputou a Prefeitura de Mossoró pela última vez, com a candidatura do jornalista e poeta Crispiniano Neto. Ele recebeu apenas 4.099 votos, ou 3,47% do contingente eleitoral.

Fonte: Jornal de Fato

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