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quarta-feira, 25 de maio de 2011

OPOSIÇÃO COMEÇA RECOLHER ASSINATURAS PARA INSTALAR CPI.

Ao mesmo tempo em que iniciaram a coleta de assinaturas de apoio para uma CPI mista que investigue as atividades de consultor do ministro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, os líderes dos partidos de oposição - PSDB, DEM, PPS e PSOL - decidiram ontem encaminhar novas representações ao procurador-geral da República, Roberto Rangel, sobre o caso. Eles querem que o Ministério Público investigue o crescimento do patrimônio do ministro e o fato de Palocci ter apresentado emenda disponibilizando R$ 250 mil do Orçamento da União para uma entidade na qual o cargo de vice-presidente era ocupado por sua cunhada, Heliana da Silva Palocci.
“Temos a esperança que as pessoas que ainda possuem capacidade de indignação possam assinar as representações e o requerimento para viabilizar a CPI e que se investigue os valor recebidos pelo ministro entre a campanha e a posse da presidente Dilma Rousseff”, afirmou o líder do PSDB, senador Álvaro Dias (PR). Ele voltou a defender a saída de Palocci do cargo de ministro, em oposição à blindagem dos que tentam protegê-lo.
“Os que blindam o ministro Palocci nesta hora estão prevaricando, porque os fatos são tão visíveis, palpáveis e graves, que a blindagem é prevaricação”, alegou Dias. O líder do DEM, deputado Antonio Carlos Neto (BA), entende que o crescimento do patrimônio do ministro “é altamente suspeito” e, portanto, tem necessariamente de ser explicado à sociedade.
A oposição também nnão desistiu de convocar Palocci para prestar depoimento no Congresso Nacional. Ontem, depois de retirar um requerimento que pedia a convocação do ministro chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, na Comissão de Meio Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado (CMA), a oposição apresentou um novo requerimento para ouvir o ministro na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). A decisão foi tomada pelo líder do PSDB na Casa, senador Alvaro Dias (PR).
A medida mostra que a oposição no Senado utilizará a mesma tática aplicada na Câmara, a de tentar colocar requerimentos em várias comissões e conseguir aprovar algum deles em um eventual “cochilo” do governo.
O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), afirma que a base não permitirá a convocação do ministro. Ele disse, ainda, que se for aprovado algum requerimento sobre o tema, a base será mobilizada para reverter a votação.
Carvalho afirma que houve vazamento indevido de dados
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, classificou ontem de “luta política” a crise gerada em torno da evolução patrimonial do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e acusou a Prefeitura de São Paulo de ter vazado dados do recolhimento de impostos da empresa Projeto, de Palocci, que teriam permitido calcular o faturamento dos negócios do ministro.
Gilberto Carvalho saiu em defesa de Palocci ao ser questionado sobre a pressão da oposição para que o ministro fosse ao Congresso prestar esclarecimentos. “Não interessa ir ao Congresso, porque se trata de uma luta política. O governo sabe de onde veio essa história. Quando, no ano passado, se denunciaram questões do senhor José Serra [vazamento de dados fiscais sigilosos de familiares do então candidato à Presidência], não se focou no conteúdo, se focou no vazamento. E houve vazamento agora na prefeitura de São Paulo. Foi a demonstração, via notas fiscais de ISS [Imposto Sobre Serviços], que permitiram a verificação desses recursos que ele auferiu pelo seu trabalho”, afirmou Carvalho.
O ministro participou de um evento em Brasília que debateu o Plano Plurianual (PPA). Para Gilberto Carvalho, Palocci não tem acusações contra ele sobre “desvio de caixa dois ou de dinheiro para o exterior”, o que justificaria investigações: “Entendemos que o Palocci não tem nenhuma dívida do ponto de vista legal.”

Fonte: Tribuna do Norte

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